Feudi Di San Marzano Primitivo Di Manduria Sessantanni Old Vines

O peso da garrafa chama a atençao.Usualmente estes Primitivos tem a garrafa pesada e com vidro mais espesso.A surpresa é quando se coloca o liquido na taça.Violeta azulado.Cor pouco usual.Na boca é agradável,com muito café tostado e frutas maduras,como  romã.Opulento,dificil de harmonizar,mas fez um par memorável com o risoto com lascas de limao siciliano.Final longo,talvez com um pouco de doçura excessiva.O confrade E.Nedel foi novamente certeiro.Acertou país e uva.Quase todos acertaram o país.Este exemplar é feito com frutos de videiras com mais de 60 anos.Mantem o carater terroso mesmo com a opulencia de frutas.É fato que os Primitivos(chamados assim pq amadurecem mais cedo que as outras cepas) estão um pouco na moda no Brasil.Isto faz com que as importadoras percam certos critérios.Não se aplica a este Sessantini Old Vines 2011.Este faz jus à sua história.Beber agora ou guardar sem medo por mais 8-10 anos.

 O dia  da semana não foi a usual segunda.A quarta-feira ,este mês,tomou o seu lugar.Os Wineignorants estavam lá,ou pelo menos o que sobrou deles nesta semana pouco usual.O organizador foi o profícuo G.Gazzoni,só não descrito como um Hedonista porque torce por um time de camiseta vermelha.Presentes:o Organizador,o Blogueiro,E.Nedel,Franco Z.,o mítico Paulo A. e os convidados General Anibal,Fernando e Eduardo.Seguimos a prospecçao de novos lugares.G.Gazzoni escolheu a Enoteca Vinum.Estilo do Village misturado com Palermo Viejo,com a praticidade de lojas com Enomatic para provar vinhos em taça.O lugar tem a clássica seleçao de vinhos chilenos com rótulos e preços diferentes mas conteudo igual,necessarios para manter a casa aberta e funcionante.Não era este o nosso interesse.No meio dos vinhos importados aos hectolitros ,encontramos o que procurávamos.

Iniciamos com um Espumante bastante interessante.Todos concordaram não ser um Champanhe,mas havia uma classe e elegancia pouco usual.Inicialmente pareceu uma Cava,embora alguns Confrades tenham aventado a possibilidade de ser um Espumante da Serra Gaucha.Harmonizou bem as as Bruschettas com pesto,tomate e majericão.Espumante ideal para aperitivo e abertura de trabalhos,embora possa enfrentar um prato mais delicado.Perlage fina e persistente,retrogosto duradouro.Classico sabor de maçãs verdes e nozes.Evoluido mas guardando um frescor.O nome:Cave Geisse Terroir.Chardonnay e Pinot Noir.Realmente acima da média dos espumantes nacionais.O preço não é convidativo,existem Cavas e Espumantes portugueses,igualmente Nature com preço melhor,mas vivemos em um País Fiscalista e a realidade é esta.

Em seguida passamos para o segundo vinho,um branco com certa elegância.Um pouco de melão e cítricos.Olfato de grama cortada.Lembrou de cara um Alvarinho e quase todos concordaram ser um Portugues.E.Nedel pensou em um Sauvignon Blanc e lembrou do Grande Cloudy Bay,neozelandes que muito nos impressionou em outro encontro.E era um S.Blanc!,só que portugues!,incrivel um vinho da terrinha com uva não autoctone.Agradável,ainda não totalmente evoluido,mas já mostarndo todo o potencial,este Bella Superior 2012,vale o preço.Como diria outro confrade:sai do mundinho Chardonnay.Companhia perfeita para um peixe branco e um John Coltrane ao fundo.

Duelo de Titãs

             
Gran Finale da memorável noite de Julho.O chef  servia o Carré de Cordeiro com ervas e pure de mandioquinha e o Brunello Talenti Riserva 2006 exibia suas primeiras credenciais.Ao nariz muita terra,carvao e rosas,cor violeta profunda.Taninos firmes e  já amaciados pelos 8 anos de idade.Acidez na medida.Final equilibrado e prolongado.G. Gazzoni e Franco S. acertaram o país,mas o aroma inicial de pétalas de rosa os fez pensar em um Barrolo.Como disse Paulo A."Este entra na lista dos grandes vinhos da história dos WI".Pode ser guardado mais alguns anos ,provavelmente ainda causará mais encanto.Parecia que o encontro se encerraria ali.A noite fria que víamos pela janela era o cenário perfeito para uma caminhada pós-jantar,se morássemos em Madrid ou Lisboa,por exemplo.Quando o onirismo baixou,junto com ele veio o Camí Pesseroles,Priorat 2009.Talvez  tudo que os vinhedos da terra tinham a nos oferecer estivesse ali.O Zênite havia sido alcançado.Este ninguém acertou a origem.Sou suspeito para falar de vinhos do Priorato,é minha região favorita,não falo de um Pingus,um prosaico Menut já é suficiente para mudar um jantar ou uma noite.Este enigmático exemplar,60% Grenache e 40 % Carignan,chegou a ser confundido com um Amarone ou um Cabernet Americano.No copo é escuro e com grandes lágrimas,sensual,especiarias asiáticas e café torrado ao nariz.Alcaçuz e madeira,além de frutas vermelhas na boca.Final incrivelmente prolongado e prazeiroso.Surpreendentemente evoluido para um exemplar de 2009.Também trará mais surpresas a quem souber guardá-lo.Começaram cedo as comemoraçoes dos cinco anos dos Wineignorants.Aguardemo,agora,s a comemoração da comemoração.

Nada Óbvio

   Enquanto o Chef Jesse preparava as Melanzane Parmigiana,este vinho,aberto há 1 hora começava a ser avaliado pelos confrades.Olfato não impressiona de início.Um pouco de couro e madeira.Na boca apresenta taninos firmes e ainda não totalmente amaciados.Frutas vermelhas,um pouco de melado e alcaçuz.Boa persistência.Nao foi descoberto por nenhum dos WI,mas Franco S.e G.Gazzoni acertaram o país.Fez dupla interessante com a beringela e seu molho vermelho,salientando a muzzarela de búfala.Média 4,64 dos WI.96 pontos em média na literatura.Dúvida se foi aberto muito cedo com 6 anos,mas isso só saberemos no futuro.

Castellroig Cava Nature

Nada óbvia.Podia ser desde um Chamapanhe até um exemplar da serra gaúcha.Perlage fino e persistente como bem observado por Paulo A.Nozes tostadas e um pouco de maçã verde.Camadas de maracujá e lima.Boa persistência.Fábio S.lembrou poder ser um Nature.Macabeo e Xare-lo estão no corte equilibrado.Harmonizou bem com a entrada da entrada,os pequenos quiches de alho porro e com os de cogumelos.Media 4,45 dos WI.RP 90.

Nada Óbvios

Como disse Lord Henry Wotton para Basil Haward,o simples é o último refúgio do complexo.O encontro de Julho/14 foi no simpático,quase exclusivo Quiches e Sabores.O Chef Jesse Jacobi e sua equipe nos receberam em ambiente exclusivo.O mundo exterior se degladia em lutas,acidentes,derrubadas de aviões,angústia.Alguns últimos reticentes rendem-se às redes sociais.Poucas coisas permanecem.Entre elas os Wineignorants e a boa mesa e seus vinhos nada óbvios,escolhidos,na ocasião, pelo confrade A.Fitterman.

Sobre Confrades e Vinhos

O confrade Paulo A. não se fez de rogado.Reservou a sala de degustação da Sommelier e escolheu os vinhos.02 de Junho,a data em que mais um Australiano,pela terceira vez, alcança a maior pontuação em uma degustação dos WI.Mesa organizada com pães,berinjelas,queijos e frios.Azeites selecionados e frio do lado de fora.

1º Vinho-Marqués de Murrieta Castillo Ygay Gran Reserva Especial.2004-é o que se pode chamar de old-fashioned style.Complexo e elegante.Não precisa dos carvalhos excessivos dos Riojas modernosos.Um vinho de 10 anos com taninos firmes,bom corpo,aromas de café,couro, madeira molhada.Lembra compotas e figo ao paladar.Retrogosto persistente e agradavel.Para beber agora ou ,se o espirito for forte,guardar para saborear nos próximos 5 -7 anos.Rótulo charmoso e pouco usual completam o quadro.Media de 4,6 dos WI.Entre 91-94 pontos na literatura.

2ºVinho-Tatachilla Foundation Shiraz 2001-Este veio do Vale McLaren e significa Terra Vermelha.Na taça mostra-s violeta escuro.Complexo.Frutas negras e chocolate ao olfato.Paladar agradavel,elegante,sedoso.Evoluido e com taninos amaciados.Retrogosto muito persistente.Impressionou a todos os confrades.Depois do Anna Perena na casa do Confrade E.Nedel(Levado por G.Gazzoni) e do Mitolo,levado por Vitor P. no memorável jantar no Chicafundó,agora temos este australiano do sul suplantando vinhos do velho mundo.Media de 4,8 dos WI.Entre 91 -96 pontos na literatura.