sábado, 11 de abril de 2015

Feudi Di San Marzano Primitivo Di Manduria Sessantanni Old Vines

O peso da garrafa chama a atençao.Usualmente estes Primitivos tem a garrafa pesada e com vidro mais espesso.A surpresa é quando se coloca o liquido na taça.Violeta azulado.Cor pouco usual.Na boca é agradável,com muito café tostado e frutas maduras,como  romã.Opulento,dificil de harmonizar,mas fez um par memorável com o risoto com lascas de limao siciliano.Final longo,talvez com um pouco de doçura excessiva.O confrade E.Nedel foi novamente certeiro.Acertou país e uva.Quase todos acertaram o país.Este exemplar é feito com frutos de videiras com mais de 60 anos.Mantem o carater terroso mesmo com a opulencia de frutas.É fato que os Primitivos(chamados assim pq amadurecem mais cedo que as outras cepas) estão um pouco na moda no Brasil.Isto faz com que as importadoras percam certos critérios.Não se aplica a este Sessantini Old Vines 2011.Este faz jus à sua história.Beber agora ou guardar sem medo por mais 8-10 anos.
 O dia  da semana não foi a usual segunda.A quarta-feira ,este mês,tomou o seu lugar.Os Wineignorants estavam lá,ou pelo menos o que sobrou deles nesta semana pouco usual.O organizador foi o profícuo G.Gazzoni,só não descrito como um Hedonista porque torce por um time de camiseta vermelha.Presentes:o Organizador,o Blogueiro,E.Nedel,Franco Z.,o mítico Paulo A. e os convidados General Anibal,Fernando e Eduardo.Seguimos a prospecçao de novos lugares.G.Gazzoni escolheu a Enoteca Vinum.Estilo do Village misturado com Palermo Viejo,com a praticidade de lojas com Enomatic para provar vinhos em taça.O lugar tem a clássica seleçao de vinhos chilenos com rótulos e preços diferentes mas conteudo igual,necessarios para manter a casa aberta e funcionante.Não era este o nosso interesse.No meio dos vinhos importados aos hectolitros ,encontramos o que procurávamos.
Iniciamos com um Espumante bastante interessante.Todos concordaram não ser um Champanhe,mas havia uma classe e elegancia pouco usual.Inicialmente pareceu uma Cava,embora alguns Confrades tenham aventado a possibilidade de ser um Espumante da Serra Gaucha.Harmonizou bem as as Bruschettas com pesto,tomate e majericão.Espumante ideal para aperitivo e abertura de trabalhos,embora possa enfrentar um prato mais delicado.Perlage fina e persistente,retrogosto duradouro.Classico sabor de maçãs verdes e nozes.Evoluido mas guardando um frescor.O nome:Cave Geisse Terroir.Chardonnay e Pinot Noir.Realmente acima da média dos espumantes nacionais.O preço não é convidativo,existem Cavas e Espumantes portugueses,igualmente Nature com preço melhor,mas vivemos em um País Fiscalista e a realidade é esta.
Em seguida passamos para o segundo vinho,um branco com certa elegância.Um pouco de melão e cítricos.Olfato de grama cortada.Lembrou de cara um Alvarinho e quase todos concordaram ser um Portugues.E.Nedel pensou em um Sauvignon Blanc e lembrou do Grande Cloudy Bay,neozelandes que muito nos impressionou em outro encontro.E era um S.Blanc!,só que portugues!,incrivel um vinho da terrinha com uva não autoctone.Agradável,ainda não totalmente evoluido,mas já mostarndo todo o potencial,este Bella Superior 2012,vale o preço.Como diria outro confrade:sai do mundinho Chardonnay.Companhia perfeita para um peixe branco e um John Coltrane ao fundo.